quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

self

hoje foi meu segundo dia de academia. e no ultimo aparelho, me colocaram do lado de um carinha lindo. olhei pro lado várias vezes.. coisa que eu não faria antes (isso de ficar olhando), acho que é por causa do meu cabelo curto. eu me sinto meio que invisível

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

resumo de 2019

Andei sumida, 2019 está acabando (graças a deus)
eu estou bem, mas já estive melhor, mas já estive pior. eu odeio ser assim, ter essa coisa...
queria poder escrever algo positivo e vibrante,  mas não dá pra mentir pra mim

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

criando hábito

não sei bem ao certo, mas acredito que tudo começou quando eu voltei a tomar lítio (por conta própria), estava com os mesmos sintomas de antes da crise: irritabilidade, impaciência, choro casual. 

comecei o uso do lítio dia 14 de agosto. o remédio demora cerca de seis semanas pra fazer efeito. eu não queria gastar com mais remédio, mas vou ter que tomar a fluoxetina porque os choros me incomodam muito. e não quero mais chorar. estou esperando uma oportunidade de ir à santarém e comprar tudo de uma vez. inclusive mais tinta pra pintar o cabelo, pois está metade ruivo e metade loiro....

junto com a tomada do lítio eu me desvencilhei das redes sociais. eu estava meio que viciada, e ficava preocupada pensando se as pessoas iam gostar da minha postagem. assisti uns vídeos no youtube sobre vícios em redes sociais e decidi que era melhor largar tudo. 

nesse mesmo tempo comprei o livro O Poder do Hábito, uma vez que eu quero muito criar o hábito de estudar todos os dias. já tem umas três semanas que estou tentando, mas olha, é muito difícil. é preguiça, é dor de cabeça, é diarreia, é falta de internet, é mãe falando, é convite pra comer... tudo acontece na hora que eu sento pra estudar. segundo os pesquisadores, um hábito demora cerca de seis meses pra se instalar. tem muito tempo até lá

estou começando com meia hora de estudos e pretendo prolongar pra três horas com um intervalo de quinze minutos a cada uma hora e meia.

junto a tudo isso, eu me mudei pra Mojuí porque minha carga horária aumentou, e como eu chegava tarde e muito cansada em casa, não valia a pena voltar pra stm só pra dormir. ao final da primeira semana da mudança de horário eu mudei pra cá e comprei uma moto 110c, que é o que cabe no meu orçamento, pra eu me locomover na cidade já que não tem ônibus rodando o tempo todo.

entretanto, desliguei as notificações do whats pra não ficar olhando o celular toda hora, vejo vídeos que eu considero produtivos, e procuro ler mais, mas só acho livro chato nesse caralho, puta que pariu, só tem música chata também, e séries e filmes chatos... ou será que eu virei uma chata???

eu decidi mudar, talvez parte dessa chatice seja necessária nesse processo. eu preciso de um 7,5 no ielts pra mudar minha vida pra melhor

terça-feira, 31 de julho de 2018

"quando um homem te mandar uma carta..."

uma vez eu sonhei com uma amiga minha que já morreu faz um tempo. e nesse sonho ela falava comigo. ela disse: "quando um homem te mandar uma carta shdkdhbcgchfndbdusddndj". e eu dizia "o quê??? não tô entendendo!". e ela: "quando um homem te mandar uma carta tdhdffyvfvmdldj"

e ficou por isso: eu sem entender nada... até que um homem me mandou uma "carta", um cara chamado Sávio Ribeiro, que por sinal estamos sem nos falar porque ele é um grosso.

eis o texto escrito por ele:


Morrer

“É mais fácil quebrar um átomo do que um hábito.” Disse Albert Einstein... E eu não disse quase nada o ano inteiro, fissurado (antes uma fissão nuclear) em ver as vitrines... As pessoas expostas em vitrines, as pessoas que as pessoas fingem ser, expostas em vitrines, as pessoas que as pessoas têm que ser, expostas em vitrines... Cercado de tantos ninguém verdadeiro e diante da tela de um computador, este ano fui mais um expectador da vida efêmera e caricata dos alteregos ao redor, esquecendo como todo mundo, de fazer algo verdadeiro, antes pra si mesmo que para outrem, como escrever por exemplo... Como conversar comigo mesmo, e permitir que alguém ouça (você).
Hábitos... Ainda pude perceber, hoje, que mantenho velhos hábitos, e que não sou feliz, e que sei somar dois mais dois, serei eu burro de não entender o que significa um quatro? Eu entendi... Mas não compreendi, não separei conhecer e saber, não incorporei as lições tão antigas que a vida tenta me passar há tanto tempo, tantos anos, e eu continuo com os mesmos hábitos... Ter honra, caráter, palavra, honestidade, parabéns para mim, mas ser acomodado, descrente, afeiçoado a prazeres a curto prazo repetidos, repentinos e a juros tão altos, isso, são as velhas fugas de sempre, os velhos hábitos, que me fizeram sentar aqui hoje e escrever, depois de tanto tempo sem fazer isto. Perdi este hábito, hora vejam só... Um bom hábito, um hábito que me define, logo, perdi-me por hábitos mais desencontrados.
Hábitos... Velhos hábitos, que me acompanham de idades cada vez mais numerosas e longínquas.
As vezes parece que temos que morrer para que os velhos hábitos morram com a gente.
Estou detestando Fortaleza e o perfil geral do fortalezense, pretendendo ir embora em um ano. Vi meu quarto minhas coisas, armários, e vi quanta coisa teria que deixar pra trás, e que me sentiria ótimo na verdade. Fiz um grande apanhado e dei muita coisa! O quarto ficou limpo... Límpido, onde nele parece circular agora... Vida.
No começo da faxina eu era tendencioso a manter mais coisas e depois, já estava jogando fora ou separando pra dar, coisas que antes considerava ainda importantes ou então que depois me desfaria delas. Não importa se algo parece importante... Coisas importantes também devem partir, quando não são mais suas nem você mais delas. Frutas têm o tempo certo de serem saboreadas justamente para nos ensinar a alimentar-se direito. Alimentar melhor a mente, o corpo, o coração.
Hábitos... Os velhos hábitos que te trouxeram aos mesmos problemas tão teus...
Preciso ficar mais em silêncio, escrever mais. Preciso deixar as janelas mais abertas, e evitar menos as pessoas, ao passo que devo também, importar-me menos com o que elas pensam e assim, poder mesmo deixar minha porta aberta mais vezes... Para que eu não fuja, o velho hábito de fugir pra dentro de si!
Dentro de mim eu escalo as montanhas mais lindas onde ainda não consegui chegar perto. Dentro de mim eu sou valorizado pelas pessoas mais valiosas que não estão em peso, nesta província. Dentro de mim eu sou rockeiro e nunca estou só, nisso. Dentro de mim estou há tantos anos, que fora de mim me tornei uma casca imensa e autômata que roubou a minha vida! Quero a minha vida de volta... Quero recomeçar dos quadrinhos da infância, mantendo os de adulto. Quero recomeçar do que escolho pra comer, pra pensar, pra fazer... Chega de vagar a esmo pelas ruas, pelos sites, pelos túneis circulares e enfeitados onde vai a boiada chique (nada mais cafona que ser chique) na frente e a boiada pobre atrás... Mas é uma pôrra de um túnel circular!
Mais zazen, mais silêncio, mais frutas, mais água, mais mar, mais pessoas, mais nãos, mais cansaço, mais qualidade de sono.
Quebrar hábitos... Estar invulnerável em meio ao tiroteio, e vulnerável dentro de minha armadura. Só é corajoso aquele que tem o medo e o vence. Que eu encontre onde está o meu medo, e o vença, ou morra, mas não retroceda. Nada mais.


era essa a carta na qual a rilza comentou. era essa... tudo está ligado. era rilza me dizendo pra aproveitar a vida porque só se vive uma vez. não há mais volta, não dá pra mudar se você tem uma vida medíocre e morre, apenas enquanto está vivo. era o recado! meus dois queridos, dois mortos ....

terça-feira, 17 de novembro de 2015

uma carta depois de 7 anos

okay, vamos lá tentar escrever mais uma vez uma carta a um amigo depois de sete anos
querido amigo, nunca fui assim, não nasci assim, eu nem mesmo sequer pensei que um dia eu me tornaria isso que sou. foi um processo natural, não tive a menor intenção de ser um inconformado. eu era pura quando criança, muito fútil quando adolescente, deprimida quando jovem-adulto, depois fui descobridora, revoltada... eu nado contra a corrente, eu deixo me levar pela correnteza, eu nado de novo... Hoje eu sou sonhadora, sonho com um futuro utópico para minhas condições hoje. se eu fosse mais jovem, não. mas aos 34 anos é um pouco complicado. talvez a solução seja inverter a ordem das coisas
bemm, a mudança começou em 2009 quando eu estava me separando do meu ex-noivo. conheci um cara na internet, o Sávio, que tinhas umas ideias bem diferente das que eu jamais ouvira
ele era incrível, ai que saudade, lindo, corpo perfeito, noooossa... ele falava de um escritor chamado Bukowski. me apaixonei de cara por ele, pelo velho buk
um dia na livraria do shopping, dia dos namorados, meu noivo que tentava me reconquistar, me levou pra dar uma volta. enquanto ele foi ao caixa eletrônico, fiquei na livraria dando uma volta, até que eu esbarrei com um livro chamado Fernado Pessoa A quem do Eu Além do outro. abri o livro e li algo como: "todos os meus amigos são vencedores... eu sou vil". pronto, eu era Fernando Pessoa e não sabia.
sem querer assisti um filme que estava misturado a muitos na casa do meu primo, Into the Wild. foi outra paixão, eu queria me libertar também
foi assim que começou, com a ajuda do buk, fernando pessoa e do alexander supertramp
comecei a buscar autores citados no livro que analisava a vida e obra de pessoa, e no filme: nietzsche, dostoiévsk, thoreau, clarice linspector
e assim foi indo. amei ler Walden, esse livro mudou demais minha vida
e posso citar os outros que estão no meu coração: misto quente, cartas na rua- buk (mas recomendo todos dele); perto do coração selvagem (que me rendeu uma tatoo), a descoberta do mundo - clarice; ecce homo - nietzsche; notas do subsolo- dostoiévski; mar sem fim- amyr klink (muito lindo); caim - saramargo; cem anos de solidão - garcia marquez.
aí depois eu sem querer fui assistir um vídeo, que infelizmente não lembro o nome, mas fala sobre a origem do cristianismo, e tudo o que ele copiou dos egípcios. e fiquei muito triste com tudo que vi. chorei, fiquei puta. eu era um vazio. não tinha no que me segurar, tudo era mentira, eu não acreditava em mais nada, e me tornei um nada por um tempo. hoje eu rezo esporadicamente, acredito que deus é uma força do universo, uma força boa.  lembro que eu era muito temerosa, tudo eu pedia pra deus, queria ficar boa da depressão a qualquer custo, eu brigava com ele, xingava de filho da puta. eu ia todos os domingos pra missa porque eu achava que se fosse pra missa ele me ouviria melhor, eu seria curada, salva. (salva neste mundo, eu tive crises severas de depressão.)
então fui atras de um livro chamado Os manuscritos do Mar Morto. Aí pronto, lascou-se tudo. li alguns evangelhos apócrifos, e chegou a um ponto que eu não sabia mais diferenciar coisas que li de coisas que concluí
só sei que no final de tudo me senti bem melhor, aceito coisas ruins com mais serenidade, e passo por elas com maior leveza
hoje eu sou assim, impaciente às vezes, torço o nariz pra um monte de coisas, me orgulho de não ser materialista -apesar de que um dia eu espero ter uma casa própria, boa pra morar-, humanista, mas sinceramente às vezes não me importo - como não me importo com os franceses, mas não critico apenas deixo pra lá; continuo reclusa como sempre, na minha vibe.
eu sou um poema de fernando pessoa:
"Nem sempre sou igual no que digo e escrevo. 
Mudo, mas não mudo muito. 
A cor das flores não é a mesma ao sol 
De que quando uma nuvem passa 
Ou quando entra a noite 
E as flores são cor da sombra. 
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores. 
Por isso quando pareço não concordar comigo, 
Reparem bem para mim: 
Se estava virado para a direita, 
Voltei-me agora para a esquerda, 
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés — 
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra 
E aos meus olhos e ouvidos atentos 
E à minha clara simplicidade de alma ... "
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXIX" 
Heterónimo de Fernando Pessoa "
se já falei sobre isso perdoem, mas eu acho um assunto interessantíssimo

eu poderia me prolongar nisto, mas costumo ser sucinta, além do mais não tem nada de importante que eu me lembre agora

feliz por voltar
beijos

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

"thug life." será?!?!

o nariz escorrendo, a garganta coçando, os olhos lacrimejando. Tosse. Desânimo. Lágrimas recorrentes. Gripe. Resfriado... O quê mais...
faz tempo que não escrevo. ando lendo graciliano ramos, poxa o cara é bom. Ai, que calor!
arrependi-me de ter voltado, mas se tivesse ficado, teria me arrependido de ter ficado? se sim, em que lugar eu deveria estar?
tenho sonhos incríveis ultimamente. sonhei que eu estava de pé sobre um jacaré. sonhei chorando um dia, que eu acordei tão mal e desde lá eu ando levemente triste
sonhei com uma cama num cemitério. sonhei com formigas pretas e sapos em um chão de cimento. sonhei que ia para a rússia. e com uma baleia orca
ando sem paciência.tolerância quase zero e cogitando a possibilidade de tomar um antidepressivo
droga, por que eu voltei??? ai... cabeçuda

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Hi! Heloooooo!!!! Voltei!!! Só não sei se pra sempre! mas que por hoje cá estou eu tentando redigir um texto, depois de muito tempo ausente, depois de muito tempo tempo sem nada escrever. sem versos ao vento, sem cartas de amor... apenas recibos, boletos, folhetos instrutivos...
Nêgo, depois que eu "terminei" com o Sávio, parei de escrever, foi como se eu tivesse sofrido um trauma. 
Foi, tudo terminou. Há quase um ano. Nós ficamos bem perto um do outro aqui na Irlanda. E quando fui finalmente ao seu encontro, ele me deu o endereço incompleto. Fiquei perdida, com um inglês filho da puta de tão ruim. E quando falei pra ele: Olha esse endereço que tu me deu está incompleto.. Sabe o que ele disse?!! Que a casa ficava perto de uma árvore, e não sei mais o quê sem sentido. Era pra ele ter dito que ia me pegar na rodoviária, pedir meu numero de telefone, me dar o número dele... sei lá... Aquele idiota queria ficar nessa de e-mail a vida toda... Ah pra mim não dava mais
Botei uma pedra bem grande nisso tudo.
Aí depois veio o Jan, um tcheco que partiu meu coração em mil pedaços. E depois desse o Niall, um irlandês, que quebrou meu coração em 10 mil pedacinhos bem pequenininhos... Até agora eu não consegui me recompor totalmente. 
Tem dia que eu estou bem, tem dia que estou mal. Mas pelo menos é um dia bem e um dia mal. Já pensou seu eu estivesse todo dia ruim
Desde já vai desculpando qualquer coisa.. Eu não estou preocupada com a beleza do texto apenas estou escrevendo e escrevendo como há muito tempo não escrevia
estou feliz por voltar aqui, e conseguir desabafar :)))))
Eu fui para o Brasil, passei 40 dias lá com minha família. E nesse tempo, o Niall continuava falando comigo como se nada tivesse mudado. Voltei. E de boas vindas eu levo um pé na bunda bem dado!!! É mole??? Porra, por que esse filho duma égua não disse que não queria nada comigo quando eu estava no Brasil??? Talvez eu nem tivesse voltado.
Fiquei ar-ra-sa-da! queria voltar pra casa na mesma pisada. fiquei louca. mal mesmo!
Aí fui me acalmando e resolvi ficar
Mas olha, não está sendo nem um pouco fácil.. Tá foda...
Mas vamos que vamos! Não é possível que eu voltei pra essa Dublin só pra tomar um pé na bunda!
Não pode ser isso
Eu cheguei aqui dia 23 de janeiro, hoje já é dia 07 de fevereiro, então já se passaram 15 dias... Estou esperando completar os trinta pra ativar o tinter.
E até lá eu tenho que conseguir um emprego novo!!!
Mas seja o que deus quiser. Se for pra eu continuar aqui vou arrumar um emprego logo logo
beijos, beijos, lindooooo!!!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Quando eu te encontrar

"Eu já sei o que meus braços vão querer

 Quando eu te encontrar

                          Na forma de um "C"
 Vão te abraçar

Um abraço apertado 
                                 Pra você não escapar
                      
                          Se você foge me faz crer 

Que o mundo pode acabar, vai acabar ..."

                                                                                                                   (Biquini Cavadão)

domingo, 6 de outubro de 2013

:(

“Quem quereria viver até os 102 anos? Só um idiota” (Charles Buk.- pulp)
 eu não queria nem viver até os trinta...

queria ter disposição pra malhar, mas me falta até pra viver

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Rise

:D

do infame lúdico 

a garota do outro lado da rua

invencível, sonhadora, fora dos padrões realistas do rodo cotidiano, inflamado de conformismo e concessão  abastecido de um aterrorizante caos vigoroso e vicioso. ah, sim era tudo isso disposto numa vitrine viva. linda de ser vista, e desejável participação comprometida. como já ouviu em algum lugar 'american way of life", onde a felicidade é o cartão de entrada, e sim, podendo dispor dela no decorrer da história, mas com altas doses de cultura sintética, a mais pura morfina do mercado. ora bolas, quem liga? é melhor pensar que é feliz. olha toda essa gratuidade de sexo, maquiagem, roupas justas, óculos escuros, cabelos sedosos. ela queria saber se todos os andarilhos são cabeludos. "eu sou" ela pensava. eis a prova concreta de que não descende de índio. é domingo. puxou uma mesa e sentou-se de costas pra parede afim de alguma privacidade, eles não poderiam saber que ela, a adoradora, estava falando mal deles consigo mesma. todos sabem da sua queda pelo vandalismo. cerveja hoje não, obrigada. eu te amo, sim. não sabe quem lhe contou sobre uma tal maldição irlandesa. todas gordas e ficam pensando como mantem o corpo (que nem é lá essas coisas) magro. "controle a boca" dizia. o que é que tu queres? "um pau gostoso que consiga manter uma conversa agradável e goste de música boa, coisas diferentes e que saiba beijar na boca. fim." todo esse rodeio pra acabar em sexo. "sim."

silencio no seu silêncio

 eu conheci o sávio em 2009, numa rede social, quando eu andavas às boas com a tristeza e solidão. adormecida num relacionamento sem ternura e sem verdade, me via a beira de um abismo numa rota de fuga alucinante. só tinha duas opções  ou me rendia ao conforto dolorido de uma amor desgastado pelo tempo e falta de compreensão  ou me jogava de corpo e alma numa vida totalmente nova e desconhecida. me joguei, tão certa como telma e louise naquele penhasco. me joguei para renascer na dor da libertação. e nesse processo conheci o Sávio, que veio como um anjo pervertido pra alegrar meus dias de aflição. lembro de quando eu ia dormir com um sorriso de orelha a orelha. Ah, era tão bom, qualquer meia palavra, os e-mails extensos, as coisas sobre a vida, sobre a simplicidade, falsos valores num saco sem fundo, chafurdar na lama, todo um ideal de uma vida sem luxo, mas extremamente rica. Tudo era uma delícia. no início tudo eram flores. suas mãos com poder de sutura existencial  sua beleza interior, a delicadeza em manusear as palavras, suas atividades espartanas, sua barba paciente, sua beleza de espírito... e agora todo nosso amor está sendo corroído pelo tempo como a ferrugem corrói o ferro. hoje o que resta dessa relação que um dia foi linda, são só lembranças. não sinto nenhuma mágoa, nem raiva. tudo de ruim passou. é uma pena você não escrever mais, abandonou até seu blog. a ultima postagem foi há mais de um ano!
bem , e nessas suas ausências que me estragavam a alma de tristeza, escrevi o Ler Antes de Escrever pro Sávio. escrevi deitada na cama, enquanto chorava pensava em umas coisas pra te dizer. me veio a ideia de pegar um lápis e escrever tudo pra não esquecer,  fiz isso na parede pra no dia seguinte repassar pro papel... Essa minha mania de escrever como se estivesse falando com ele... a linha que divide o receptor é tênue.
segue o texto

escrito em 10 de novembro de 2012


Eu não gosto de críticas. Não gosto delas quando eu, na minha visão de mundo, estou crente da minha verdade. Não gosto de ser chamada de burra, lerda ou ingênua. Disponho de uma inteligência peculiar, um ritmo diferente e um coração selvagem. Eu que gosto tanto de falar de mim, eu diferente na minha concepção humana, na ânsia por uma vida prazerosa, eu que ainda não descobri o quero ser quando crescer, odeio ser contrariada com argumentos estapafúrdios. Depois de trinta anos assentindo com a cabeça para minha mãe, retruquei todas as suas acusações contra a minha pessoa. Sinceramente, nem gosto de lembrar desse dia, mas quero pôr aqui uma pedra no que me faz mal.
E tu, Sávio. Tu não vai dizer nada? Eu sei que tu não concorda com um par de coisas que eu digo. Se tu tivesse me dito tuas críticas, tu acha que eu já teria parado de te escrever? Me convença de que estou errada! Admito meu erro quando me dão bons argumentos. Agora dei pra sonhar com tua garota-incrível também, nas duas ultimas vezes que tu apareceste, lá estava ela (num grude como um calo no pé, usando um cabelo que nem o meu dessa última vez). E a gente, eu e você, de costas um pro outro pra eu trocar de roupa. Por que tu nunca me chamou, Sávio? Por que tu nunca quis me ver de perto? Por que tu nunca pediu pra eu parar de te escrever? Eu não ia te fazer nenhuma dessas perguntas, mas eu não aguento não fazê-las. Quem sabe de repente uma hora dessas tu resolve responder.
Quando eu era menina fazia coisas de menina. Quando adulta tenho que fazer coisas de adulta. Por que eu ainda não morri? Que merda.  Dada aos extremos. Meu delicioso defeito. Mórbida, sórdida não. Infeliz, descontente. Eu quero morrer e quero viver, eu quero me afundar num buraco escrevendo sobre minha tragédia e joelhos frágeis, sobre meu coração aflito e confuso e sobre coisas que nunca vi, sobre uma incógnita até hoje indecifrável, tu. Por que ainda estou viva? Se num instante de perigo sei que lutaria pela vida? Sim! Porque ainda estou viva! O homem lobo na minha vida, eu me alimentando dele por conta própria. Esperançosa, sorrindo por dentro sem mover os lábios. Eu sei qual é a tua, Sávio. Eu devia te deixar sem notícias minhas pra tu ver o que é bom pra tosse. Tu gosta de mim? De que jeito? Seu filho d’uma égua, eu não consigo ir embora, e nem tu! Admite! Caso contrário já tinha me mandado pastar e tinha dito por aqui e teria sido claro curto e grosso pra não restar dúvidas. Eu sei aonde a gente vai se ver: no inferno! E não vou pedir desculpas por isso, nunca! Fique com raiva e cansado de mim, me mande ir embora! Não faça isso, ou faça. Eu não sei, às vezes não aguento esse amor-sozinho. Sinto uma dor no coração, como agora. Tu acha que vai ficar pra sempre com ela? E se não for ela, mas for outra e nunca eu? Se sim me diga pra eu sair.
Eu me apaixono por ti e tu, dizendo que me ama, sem me contar nada se manda pra Bélgica com uma mulher. Eu te amei de verdade, seu cafajeste, eu iria contigo até pra baixa da égua, e tu faz isso comigo!!! Porra, Sávio, tu me iludiu esse tempo todo, seu merda! Vai pro inferno! Eu não tenho sangue de barata, não vou sair dessa fingindo que tá tudo bem porque não tá. Não aguento mais esse negócio de Camila pra lá e pra cá. Camila topa tudo e não sei mais o quê. É o casal incrível e perfeito demais. Tô mesmo com ciúme, inveja, queria estar no lugar dessa loira aguada sorridente, mas não, tô aqui comendo o pão que diabo amassou, nesse inferno de cidade quente pra caralho. Pois me odeie, Sávio, se é que cabe ódio no seu coração, porque desprezo, tu já me deu bastante. Agora me esquece, que eu vou te esquecer também, e quando a gente se encontrar por aí não vai jogar na minha que eu fui embora. Tu já foi faz é tempo, eu é que não tinha percebido. Burra, cega, surda que sou.
Perdi as esperanças de que um dia tu sejas meu. Tu tens ideias boas, és um homem bom no geral. Teu problema é que tu é cafajeste mesmo. Não teve coragem de dizer que nessas quatro paredes não há nada mais que mereça alguma importância. Nesse ponto tu foi um covarde. Tu fala tanto em honestidade pois seja honesto comigo! E não fique preocupado pensando que vou bisbilhotar tua vida na internet. E não escreva me desmentindo, em canto algum – guardanapo usado, saco de pão sujo de açúcar, extrato bancário, lenço de papel, pele, calça jeans - dizendo que ama, porque esse teu amor é escasso demais – quase nada, não me serve. Também não tô nem aí se essas palavras te causam aflição, tu mesmo já me deixou aflita por demais nesse banco de reserva. Pensei que conseguiria ser só tua amiga - meu coração quer mais. Tu devia ter sido mais claro, tu devia ter me avisado quando tu foi embora desse quadrado. Mas não, me deixou aqui esperando, esperando... Cansei. Fica aí com sua garota-incrível. Não te desejo o mal não. Te desejo tudo de bom. Só não atazane mais a minha vida, muito menos os meus sonhos, e digo o mesmo pra sua garota.
Adeus, Sávio. Cansei da tua ausência.







sexta-feira, 20 de setembro de 2013

gira girassol

sim eu quero conhecer. encontrar um lugar onde eu me sinta bem. dentro de mim mesma. 
"Foi quando eu tinha 19 anos meu pai me perguntou: - ''Porra afinal de contas, o que você vai querer da sua via??? Respondi: - Tudo o que eu puder levar!
Conforto, estabilidade, segurança, garantia, consideração social. Pra mim não tava dizendo nada, eu sempre tive e não me dizia nada. Pelo contrario, eu tinha vergonha de pertencer ao meio que eu pertencia. Porque eu olhava em volta e via que eu era um privilegiado eu não gostava disso." – Eduardo Marinho, artesão, filósofo de rua.

as ruas falam






menos do que gostaria ter pulado, amei mais do que deveria ter amado, vivi, vivo, viverei (!), mas às vezes de forma tão precária que putzs é uma merda só. por isso pulei menos do que gostaria ter pulado



não se pode esperar nada das pessoas. a não ser que você espere ser chateado, magoado, incompreendido, aí sim, uma hora ou outra isso vem. são coisas que eu não entendo. esse mundo cão. puxa, como o ser humano complica as coisas. como o ser humano pode ser tão cruel, vil... e desvio o pensamento de todas coisas ruins que existe olhando pra minha cadela deitada aqui do meu lado, faço um carinho em sua barriga, ela se sente bem. levanto a cabeça, olho pro espelho, vejo num rosto uma expressão cansada, levemente bonita e triste. nossa, como eu queria algo a mais na vida, uma coisa  especial, estimulante. sei lá, poderia ser até um livro dos bons, um e-mail dos bons. mas esse ultimo, sinceramente, é bem difícil. é mais fácil minha cadela começar a falar. porra, como é que eu invento de gostar de um cara desses. como que pode eu posso sentir tanto amor por uma pessoa que nem conheço direito. talvez quando conhecer direito eu pare de amá-lo. é... a minha raiva já passou durou o quê, um mês. será que foi um mês? acho que foi menos. como é que pode?... quatro anos. Quatro anos... centenas de e-mails. algumas idas e vindas. comportamentos imbecis. declarações de amor mal feitas. todos os tapas que você me deu. e eu aqui, te amando, tão burra. porra lembrei daquela música "eu devia te odiar". que merda...



domingo, 28 de abril de 2013

lixo literário


 Livro feito pra vender tem muito no mercado. Mal escrito, não tem nada que acrescente, não são produtivos.
Não somos estimulados a desenvolver um pensamento crítico, não fomos acostumados a selecionar.
Não posso dizer que esse aí foi o pior livro que li porque não consegui ler as dez primeiras páginas. É muita encheção de linguiça pro meu gosto.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Querido diário VIII


Realmente as coisas vem quando a gente menos espera. Ontem depois que eu tinha acabado de lavar uma pilha de roupas e pensando que talvez tivesse algum emprego no Maranhão pra mim, recebi uma ligação da minha mãe dizendo que me ajudaria a ir pro exterior. Na hora eu nem acreditei. Sei lá a ficha não caiu. "poxa, mãe, obrigada!", acho que isso que eu disse, sem muito entusiasmo. Que progresso, hein mãe. pra quem só me criticava e achava minha ideias e ideais um absurdo... Fiquei muito feliz, de verdade. Apesar de ter desejado-te o mal quando nós brigamos. A última coisa que que pedi pra deus foi que se ele existe mesmo que ele cuide da minha família, que ele os proteja e não deixe faltar nada pra vocês.  
Aí, à tarde saí pra comprar um brinco pra usar na formatura do meu irmão. Quando eu tava lá na loja e bijuteria o celular toca de novo: "Oi, enfermeira, dava pra senhora vir na secretaria amanhã as oito e meia?" Claro que dá meu chapa!!! Era o Ivanildo. Um dos caras mais legais que tem por lá. Pô, até passei mal com essa. Nossa, era muita notícia boa pra um dia só. Fiquei tão nervosa que tive náusea. Caralho, que coisa! Sabe, fiquei pensando que talvez o emprego saiu porque meus pais aceitaram minha decisão. Porque até então eu não tinha a bênção deles pra ir pra fora.